Direção perigosa é isso.
Olá gente, lamento informar que ontem eu entrei para o seleto grupo das estatísticas BIKE X CARRO. E como não é pra menos lá fui eu pro chão, e com força.
Na Av. Brasil (em São Paulo) na altura do nº1500 há uma abertura para retorno no canteiro central. Não tem farol, nem placa, nem faixa, pelo ao menos eu não vi nada.
São três vias para quem segue sentido Ibirapuera e outras três para quem vai sentido Sumaré. Eu estava na faixa da direita, 1/3 da faixa próximo ao bordo de pista... tudo certinho inclusive com capacete.
Com o trânsito fluindo bem, porém não mais que uns 40Km/h eu ia na minha faixa que era a mais livre. Nas paradinhas de farol a velocidade diminuía, e numa dessas, dois carros (a faixa da esq. e a do meio) abriram passagem para essa distinta Senhora fazer o retorno minha faixa seguia livre (boa distancia do veículo da frente), só quando cheguei do lado dos carros parados é que deu pra ver a motorista entrando direto na terceira faixa. Não deu nem pra pensar. A mão travou no freio e todo mundo sabe o que acontece com a roda da frente, trava.
Num flash fui do momento em que eu tava de superman pra o momento em que eu tava correndo pra calçada (não vou esperar quem vem atrás).
A dinâmica desse momento foi: supermam não ia me salvar, então veio aquela voltinha do homem aranha "antes de cair de pé". Só que no meio da voltinha tava a porta do carro no caminho. Bate de costas (com o ombro esquerdo mais exatamente), de cabeça pra baixo, e a com a cabeça no chão. Tudo do lado esquerdo. O capacete não quebrou, mas amassou o isopor, a minha cabeça, no entanto subiu a bola.
Só lembro da mulher me olhando levantar e sair fora com seu carrinho cinza, acho que era um Logam (vai ver era o Wolverine).
Dai já viu, o sangue começou a esfriar o ombro ficou virado pra dentro, a cabeça ficou inchada. O resgate chegou em 10min. Chegando nas clínicas picaram a minha roupa (minha melhor calça - agora é a esposa que me mata). O resto é outra estória que duraram 12 horas (um saco).
Mas eu estou bem. Não quebrou nenhum osso nem deslocou o ombro. Tá tudo doendo e o braço está com apoio mas já dá pra sair de casa, só não de bike, por enquanto.
Hoje eu vou buscar a magrela e ver os estragos, só sei que o banco quebrou.
O que ficou claro pra mim nesse acidente, é que não se trata de um caso de desrespeito ao ciclista, se eu fosse uma moto ou um carro tinha sido pior.
Trata-se de que tipo de motorista ta pela rua dirigindo. Como é que a motorista converte diretamente para a faixa da direita, que não tinha parado pra ela além dela não ter visão nenhuma. Já pensou numa auto-estrada. E como é que fica isso.
Foi registrada uma ocorrência na 79º DP, mas sem a placa do carro não dá nada.
A nossa luta é cada vez mais difícil. A gente vai descobrindo que a verdade é sempre pior do que o mundinho que muitas pessoas criam, pra viverem marginais, mas felizes e sem preocupações como a maioria.
Mas eu não sou assim, sou do grupo que vê, quer fazer algo, mas não sabe como.
Sei que tem gente representando nossa classe por ai. Só não sei onde achá-los e como ajudá-los.
Quem puder ou souber ajuda aí.
É como um dos colegas comentaram, se os motoristas simplesmente respeitassem os ciclistas e obedecem a legislação utilizando o bom senso sempre, não precisava de ciclovia nem ciclo faixa.
Até mais gente, valeu.
Alexandre, bom dia!
ResponderExcluirNão sei se vc se recorda, mas eu sou a mulher que parou o Prisma preto para chamar o socorro e ver se vc precisava ir ao hospital!
Fico feliz em ver que você está bem, estava ficando preocupada ao não ter noticias suas aqui pelo blog, deveria ter pego seu telefone!
Meu filho, que estava no carro comigo, ficava me perguntando todos os dias sobre o seu estado e hoje contei que vc está "bem" na medida do possível!
Infelizmente não pegamos a placa da louca que fez isso com você mas, no que precisar, estamos a sua disposição!
Torcemos pela sua recuperação e por um transito mais consciente!
Um beijo!
Patrícia